Esperneou e cantou na região do Minho, norte de Portugal, onde fica Barcelos. Uma bela cidade povoada de inúmeros monumentos.
O maior deles, um simples galinho em barro, multicolorido, cabeça erguida crista vermelha, e um certo ar viril de desafio.
É o galo de Barcelos.
Conta à lenda que andava a vila alarmada com um crime, praticado nessa terra que era o primeiro contato de Portugal.
Quem seria o criminoso?
Aquele homem tornaria –se suspeito. Prenderam-no, julgaram-no à moda de então e condenaram-no a forca. Em vão ele jurava e ter-jurava a sua inocência, mas ninguém o ouvia.Vencido, pediu uma graça – levem-me à presença daqueles que me condenaram!
Levaram-no. Chegou precisamente no momento em que se preparavam pra comer um bom galo assado.
Galo de Barcelos
O homem proclamou-se inocente e, perante os risos de gozação e incredulidade dos juízes, lançou um desafio:
“É tão certo eu estar inocente como é certo este galo cantar três vezes quando me enforcarem”,de nada adiantou.
O pobre homem foi levado novamente á prisão e dali para a forca. Mas o galo permaneceu intacto.
E ninguém tinha coragem de comê-lo.
Grande foi o espanto quando, no momento em que o homem ia subindo a forca. O galo cantou três vezes.
Os juízes correram á forca e encontraram o pobre homem com o laço no pescoço.
Imediatamente foi Solto e mandado embora em paz.
Passado anos, voltou a Bacelos e fez erguer o monumento em louvor à Virgem e a São Thiago.